terça-feira, 21 de agosto de 2012

Foi ótima minha Europa #1 #1

(Eu editei...)
Estava eu viajando na musiquinha do Flight of Conchords sobre as sereias... Fui para o lado obscuro das fêmeas, pensei até que talvez o homem tenha se desenvolvido mesmo da terra (os homens são de Marte, certo?), do macaco, mamífero e nós mulheres de brilhantes, ágeis e estúpidos peixes que merecem viver numa rocha cantando até a porra da morte, a fim de que um miserável pescador apareça para lhe salvar (Nós somos de Vênus, certo? Um planeta onde você vira líquido...). Foi isso que aconteceu, quando as águas baixaram, os macacos nos separaram, end of story, ponto final. Ficamos presas para sempre à idéia de que não podemos voar, e nos atamos a catar espelhos, juntar jóias, criar pérolas, enrodilhar pulseiras, pendurar, arrumar, pentear, repentear, brilhar, sempre para o mesmo espelho, sempre na mesma Rocha...
Nós as mulheres que ficamos em casa é que somos as Sereias. (Essa soou mal, mas seria injusto, tirá-la daqui, não?)
Passamos anos sem atravessar livremente por suas máquinas de ver o mundo, sem Barco, embarcação.(????)
É sempre bom viajar...(Quê!)
Sim! Sair.
Ver e se ver no olhar do Outro, que, aliás, se sente muito mais à vontade para te explorar quando te vê de fora ou também de fora (Triste! Detesto rever textos...). Um Forasteiro. Eu sempre procuro gente bonita na rua quando viajo, é um costume, que se diga, dividido e de equipe, pois sempre achamos mais mulheres do que homens (Cortei uma merda que nem eu entendi!).Desta vez, entorpecida que estava com tanta terra que vinha engolindo, o pânico ainda atrás de minhas vísceras, não lembro de nenhum rosto marcante, nenhum homem específico, nenhuma impressão genuína de sexo imediato. Sabe aquela luxuria que te impede de fugir? Te confunde e faz até tropeçar, tem efeitos de catatonia? Então? Não vi... O Renato exagerou, ameacei-lhe a la española de corta-lhe os bagos, afinal receei que fosse perdê-lo para a Croácia. Sim, qualquer Croácia. Ele foi mais que flertado, e eu também, ele sabe, e sabe que sei, mas, eu só me revelei quando ele estava saindo do controle.(...cortei e troquei!)
Peguei um homem bem ocupado comigo numa "praia" croata. O lugar tirado de sonhos, uma praia de pedras e como restamos os últimos a nos instalar eu e Carlos, fiquei eu numa pedra depois do banho de mar, tentando me entender com meus cabelos, poucos, curtos, e estava um homem de braços cruzados e sorriso no rosto esperando que meu olhar o encontrasse (tentei explicar...). Parei e olhei para trás, não nasci com presunção, defeito horrível que muito me atrapalha, e sim, ele continuava olhando. Deixei. Parece que me escolhera para ser sua Sereia. O Vulcãozinho estava na água e só contei depois.
Não pude evitar a quarta situação, a segunda não foi na Croácia e é bem, digamos, complexa. A primeira faz parte do outro, curto, post...Bom, enfim, sem ter eu percebido bem, meu Bem anuncia que viu sim o número 4, assim, para mim, afirmativo : - Será que eu vou ter que quebrar a cara desse cara???? E eu então numa atitude de "pré-qualquer-coisa", juntei algo que conseguira ouvir: South Americans, sua ex-namorada, falam português, carinhosas e etc. e resolvi ver se o Carlos se enganara ou não, e, NÃO! Ele me olhava emparedado, tomando sua cerveja de meio litro, ignorância que nós brasileiros não toleramos muito bem (que digam os cariocas), e sua bebida quente, destilada, não lembro qual, assim mesmo na maior cara-de-pau, me medindo e falando sobre "mulheres brasileiras" (cortei e troquei!), mesmo com o Carlos encarando, o quanto eram carinhosas, e olhava para minha mãos, sempre nele Carlos, meus carinhos nele... Nós? Nós xingamos juntos, o Carlos ia bater no Bretão folgado. Argumentei que ele estava entre inglês e americano, não era de qualquer parte do Reino, achava que era australiano... Depois achei que só achava que ele era australiano porque minha prima amada e nunca mais vista casou com um e mora perto do Outback, numa fazenda... Enfim! Preciso muito desses cortes! Depois cansei. Como ele não parou de falar e não parou de olhar, eu e Carlos deixamos... Ele olhou o quanto quis e me seguiu com os olhos quando fui e voltei do banheiro e tive que baixar os olhos quando fiquei sozinha, com um leve sorriso é claro, para ele não me encontrar, a combustão que o álcool nos dava a todos, não podia sair do controle. O bom foi que Carlos finalmente se ajeitou como pacífico, orgulhoso, dono. Melhor assim... O fato é que o abusado homem me inflamou algo aqui dentro, antes meio apagado pela penúrias de minhas moléstias mentais. Me vi fora do peso e estupidamente desejada e por um homem, que para o meu criterioso paladar, mostrou-se bravamente apetitoso. Foi como antigamente, ele me olhou, me desejou e resolveu brigar, e como meu cônjuge também gosta... Foi como antigamente, em Split de Diocleciano, entre a porta Prata, no corredor para o Peristil, no fundo da travessa da Igreja de Sv Felipo, na charmosa e pequena praça, um duelo.
Obrigada olhares.
Obrigada Outros-Vela.

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