segunda-feira, 23 de julho de 2012

O convite agora conhecido não deixa dormir.

Mesmo sem inspirar.
Quero falar, quero falar.
Mas quero dizer sem ser piegas. Como não foi em Berlim.
Anjos de fogo, pairaram absolutos, queimaram um Quênia inteiro, kkkkkk.
E também alguns Lobos-Pai encontramos.
Tão, tudo, numinoso...
E sim, nos amou a Ave-Misteriosa.
Clara, branca, leve e exuberantemente dourada.
Esconde suas penas azuis, mas, se não o fizesse, não seria então Misteriosa.
Tanta saudade de Pele, da Estrela-Verdade, que podia sufocar, sei lá?
Mas aqui!
Naturezas Celestes sobretudo se amam, se esperam!
Tempestade me espera.
Anciã me espera.
Um dia nossa Ave-Rei vai cantar.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Agora, agora, agora, agora...


It´s!

#7

Em Berlim Oriental com o Capitalismo me rabeirando.
Engolindo.
Engolindo.
Sentindo falta do branco de meus olhos.
Tem uma flôr comigo.
Deve ser isso...
Deve e, é bem isso!
Tão nada de tempo que tenho vergonha de explicar.
As exigências são tantas e tão inúteis, acho que me acostumei, sei lá...
Ele é gostoso, ele é bom, mas até quando?
Até quando? Até quando se nem letra maiúscula?
Se nem letra maiúscula mereces...

terça-feira, 10 de julho de 2012

#6

O que estamos criando aqui? Estou eletrizada, mas petrificada, pois que ronda o Sr. Vulcão pelo quarto berrando: Aconteceu uma morte! Aconteceu uma morte!
Ninguém conhecido, só quase conhecido, mas jovem!
Estou paralisada, petrificada, eletrizada, quero que a Tempestade me pegue, ou melhor, me aguarde!
É que tenho que me empredar, emparedar, houve um óbito!
Continua, gritando, duas filhas, não tinha nem quarenta anos...
Ele está abestado eu também.

domingo, 8 de julho de 2012

Perdoai Bigode?!

Sempre voltarei ao meu narciso-diário para corrigir, recorrer, remodelar, mas como o Mestre fez, não darei qualquer aviso, não farei nenhum prefácio...
Perdoai Bigode?!
Perdoai! Mas "a rede" é como um escorregador abismal e colorido. Como não retratar-se? Como não rascunhar-se? Como abandonar aquilo que é infinito e contínuo? Como não se deixar existir, feito criança que escorrega, se no mundo real é cada vez mais impossível?
É cada vez mais impossível... Como nos aprisionamos assim afinal? Serão fortes as âncoras? Porque não faço parte da alga? Do marisco encalacrado da âncora, das correntes, ou melhor ainda, do próprio Navio?
Perdoai caríssimo Bigode, mas você enlouqueceu e  se perdeu tristemente...
Na Itália?!
Foi tanta Beleza que te matou? A covardia? A ousadia? A visão? Já existia cocaína??? Ou, foi a poção? Feita de tudo isso?
Estou com medo de Berlim, e não deu para terminar de ler On the Road, também!
Tentei ler no meio de uma outra viagem, acreditam?!
Meus rins não puderam suportar e tive que abandonar o turma Beat antes de morrer intoxicada, não no mau sentido.
Perdoai Bigode, por eu usar seu nome em vão?
De ti inteiro, só fragmentos.
Porquê não pude te suportar por inteiro. Porquê o Nascimento da Tragédia no Espírito da Música e A filosofia na época trágica dos gregos ainda me ocupam deliciosamente, porquê há algo de sacro, aliás, sacratíssimo, nesses teus filhos filosóficos. Algo que me detém na floresta escura, na mata escura de Dioníso, sombras e crepitar de chamas, tateio, até hoje...
Enlouquecida sim, inebriada em círculos no prazer. Prazerosa de enlouquecer...
Estou com medo de Berlim e do depois, mas sei que vou sobreviver. Outra fina casca vai me colorir, outra máscara, mas sei que vou sobreviver, porque não tenho sequer capacidade, ou sífilis, para morrer ou nunca mais falar e me expressar.
Pedoai Bigode e Jack? Sinceramente preciso rejuvenecer muito para cair na estrada com sua matilha.
Essa viagem fica para depois, O.K.?

#4

Há tanta morte que ronda, tanta confusão no mundo, que para mim dá no mesmo, que acabo com o queimar de outro vestuário que amo com, o "decadente", porém delicioso, ato de fumar... Um blusa rosa-chá morreu queimada.... uma vez estrangeira, marcada, ou  a morte, ou o exílio.
Como sou cria perfeita do medo: morte!
Não decidi se rasgo ela, ou dôo, tenho vergonha de doar uma bosta de blusa... Queimada!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Paixão #0

Callas, Norma? Ela é uma das únicas a me cercar durante dias tristes e alegres. Não me livro da sua boca Divina a me penetrar, gota a gota, nota a nota...


Nem de seus Olhos imensos...

#3

É óbvio que não li uma linha de Keats, depois que resolvi não morrer sem ler Keats. Profanei o pobre Keats quando misturei seu nome com "antes de morrer" numa frase ordinária, que patético! Quão patética! Quanto da Medeia, que aprendi a interpretar aos quinze anos, ficou em mim?

“...Vamos. De que me vale viver? não tenho pátria, não tenho casa, não tenho refúgio para esta calamidade. Errei uma vez, quando abandonei a casa paterna, confiada nas palavras de um grego, que, com a ajuda do deus, sofrerá a nossa justiça. Porque não tornará a ver com vida, daqui por diante, os filhos que de mim teve, nem gerará nenhum da noiva recém casada, porque será forçoso que essa má tenha má sorte com os meus venenos. Ninguém me suponha fraca ou débil, nem sossegada; outro é o meu caráter: dura para os inimigos, benévola para os amigos. Porque de tais pessoas a vida é gloriosíssima.” (Medeia,Eurípedes, tirado da internet, não de um livro, de verdade, então?! É parecido, com o que eu me lembro)

O suficiente, é claro, para eu ter a pachorra de chorar e falar "em público"?! Não...Se eu quisesse falar em público, o faria, não sou ainda corajosa. Longe, muito longe disso.
A máscara é perfeita e, os mais céticos diriam o contrário, mas é que, como meu Nodo Lunar Norte, em Libra, diz, já testei todas as possibilidades...
A ferramenta "blog" é extranhamente confortável e segura, você pode ser invisível, é só saber quem chamar para a dança.
E amar espelhos, como eu!
E não pude continuar com o Caio Fernando Abreu.Tenho que prender a respiração às vezes, diminuir, esfriar, até dormir, hibernar. Não sou Urso, sou Leão dourado e carmim, mas não quero morrer!!! Não quero inflamar entre os troncos podres das úmidas e gélidas florestas "Grãs-Bretãs", ficar perto do Sol só na hora de morrer...
Não quero morrer congelada, nem posso morrer pelo fogo, só "coriscando" o solo que habito, preciso plantar nem que doa.
Preciso plantar nem que doa.  E em silêncio para evitar estragos, deixar de acreditar afinal, que sou Scarlett O´Hara, garota que pode deixar tudo sempre nas mãos do amanhã, e continuar linda, fabulosa, diva, jovem...
Para piorar meu nefasto "entreterimento-maníaco-depressivo", de idade de três anos, cada dia mais me aproximo de ser Medeia, Norma, Callas! Em suas tragédias é claro, e infelizmente.Queria pelo menos ser a sombra das Sacerdotisas que foram, a Hécate, a Casta Diva, a Música...
Dói, mas não há saída. Jasão, Pollione, Onassis. Não há saída, nem para a aflição-oxigênio do amor, nem para a tragédia, nem para gente cujo passatempo, agora, é a astrologia.
Eu avisei, tenho que hibernar, dormir, esperar, pensar, dormir, dormir...

domingo, 1 de julho de 2012

#2

A Estrela-Verdade me visitou ontem, sem saber que também me curava...
Ela, logo Ela, cercada por um oceâno de lodo, um mar de merda! Como assusta ainda estarmos vivos todos. E porque Ele, logo Ele, que ainda não tem nome, cercado de arame farpado, mandou um S.O.S.?
Queria ter falado mais, ouvido mais e mais, porquê é duro ser só nesse mundo todo dominado por "undead people".
Porquê é impossível não ser um pouco consumido...
Ainda mais quando se é Ela. E Ele? E Ele? Devia eu ter falado com Ele? Ou Ele já sabe que a Lava alimenta? 
Enfim, e sempre uso "enfim" quando estou chegando ao fundo do abismo da dúvida, bicho que me devora, digo, dói, descobrir tudo novamente, acerca das "Sombras", do vazio verdadeiro que habitamos. Somos pontos. Talvez alienígenas. 
É novamente, um choque para todos nós...
Um tsunami...