Que quarto é esse que habito?
Que vasto escuro e duro é esse que habito?
Pétalas de sangue cobrem as paredes, no corredor de angústia carmim que aos barrancos percorro na pegada da saída...
Quão inútil!
Não me aquieto, me revolvo, me alucino, me destruo, me destôo, não alcanço...
Eros, como fermento biológico, continua ferozmente grande, infinito, opressor em mim, fazendo-me crescer, ainda que azeda...
Eu Homo Sapiens Sapiens que não durmo, não como, não sou, e grito arrancando as flechas do meu peito, pergunto, o que queres de mim vós, sim vós?
Pieguices e mais pieguices...
É cruel o Deus alado, envenenou-me a Noite Negra, enquanto repito soluçando a todos Eles, o que querem de mim?
Tenho uma vontade enlouquecida e constante de chorar, meu corpo treme ante a impotência de todas as minhas células humanas, unidas pelo Amor primordial que hoje me adoece, apodrece.
Sou patético Narciso afogando-me, sem nunca terminar de morrer, na dança eterna de grandes deuses.
Eros!
Eros!
Repito minha dor, porque nada mais me restou a não ser a confusão do antes.
O Tempo se mostra sim um círculo para quem não consegue fugir dos seres titânicos.
Fecho isso, qual começo começou semana passada, para mais lava bem derramar.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Na ressaca #1
Promessa que se desenha...
Respeito, ao lodo e à lava.
Não pieguices de uma mulher 35.
Acabou a palavra "casamento" ok?
Acabaram os insultos, tá?
Acabou tudo.
Porque isso tudo é tão velho que já é cinza.
Lava que foi, não que é.
Monte constituído.
Chega!
Que acabou o chororô.
Deixa o Gil me dar um pito, porque estou merecendo...
Respeito, ao lodo e à lava.
Não pieguices de uma mulher 35.
Acabou a palavra "casamento" ok?
Acabaram os insultos, tá?
Acabou tudo.
Porque isso tudo é tão velho que já é cinza.
Lava que foi, não que é.
Monte constituído.
Chega!
Que acabou o chororô.
Deixa o Gil me dar um pito, porque estou merecendo...
Chororô
Gilberto Gil
domingo, 14 de outubro de 2012
#25
Ele arruma raivosamente as coisas na geladeira suspirando: - Aí meu
Deus! Depois do almoço desastroso, depois dele acabar com o casamento
mais uma vez... - Acabou a magia, não adianta! É o novo grito do
pirralho infame... Pirralho infame!
Nem parece o mesmo homem de ontem, chegou à conclusão que cercava-se de idiotas...
E sabe-se o por quê de tudo isso?
Sou eu que destôo.
Era eu que tomava cerveja enquanto olhares de castas mães me condenavam...
Mães com lindos bebês!
Um domingo pontuado por uma bêbada?
Não! Jamais! Nunca isso...
E ele dizia alto: - Acabou a magia! Acabou isso!
Eu numa sociedade machista, me despedindo de Las Vegas...
Aonde isso?
Aonde isso!
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Ele gosta desses ninhos de vampiros, porque ali ele, tão diferente do que imaginei, é igual.
É maioria.
Grita alto para medíocres ouvir:
- Você é louca
- Bipolar! (?????????????????? Freud explica!)
- Acabou a magia...
- Acabou a magia...
Eu escrevo e acho engraçado alguém usar uma palavra que nunca conseguiu ouvir: magia.
Ele insulta Gabriel.O Escritor, não o Anjo...
Ele insulta Gabriel quando me chama de idiota.
E eu insulto o universo quando esqueço quão sou grande...
É isso!
É isso!
Otto dominando tudo, cada poro.
Minha cabeça tá mais diluída do que com Siya Siyabend.
Nem parece o mesmo homem de ontem, chegou à conclusão que cercava-se de idiotas...
E sabe-se o por quê de tudo isso?
Sou eu que destôo.
Era eu que tomava cerveja enquanto olhares de castas mães me condenavam...
Mães com lindos bebês!
Um domingo pontuado por uma bêbada?
Não! Jamais! Nunca isso...
E ele dizia alto: - Acabou a magia! Acabou isso!
Eu numa sociedade machista, me despedindo de Las Vegas...
Aonde isso?
Aonde isso!
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Ele gosta desses ninhos de vampiros, porque ali ele, tão diferente do que imaginei, é igual.
É maioria.
Grita alto para medíocres ouvir:
- Você é louca
- Bipolar! (?????????????????? Freud explica!)
- Acabou a magia...
- Acabou a magia...
Eu escrevo e acho engraçado alguém usar uma palavra que nunca conseguiu ouvir: magia.
Ele insulta Gabriel.O Escritor, não o Anjo...
Ele insulta Gabriel quando me chama de idiota.
E eu insulto o universo quando esqueço quão sou grande...
É isso!
É isso!
Otto dominando tudo, cada poro.
Minha cabeça tá mais diluída do que com Siya Siyabend.
sábado, 13 de outubro de 2012
#24
Eu prometo, a partir de agora usar o corretor e menos torturar os raros gatos pintados que aparecem aqui.
Eu vou tentar, ok?
Começa agora...
Eu vou tentar, ok?
Começa agora...
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
#23
Tenho que apaziguar labaredas e mais labaredas antes de dormir. Amanhã acordo triste e tomo o soma de Huxley, por medo e necessidade. Todas as noites são iguais. Agonias de gente que dorme pouco e enxerga coisas, vultos noturnos, fantasmas presentes, eternamente. Dimensões se desdobrando a partir dos "ses" insinuados, potentes, inevitáveis que tenho tanto horror...
Horror de gente do facebook me acossando...
Eu, barco eternamente ermo, possuído pelo desejo de ser somente duas coisas, valente e belo, vago sozinho sim...Serei agora e para sempre assim, um barco sozinho. Um grito no túnel escuro!
É a existência estética que me dá ganas.
Quero ser no fim, a mesma estátua, que Verger moldou em si, por toda uma vida e daí?
E daí que no fim acho que sou pedra por dentro?
E daí que faço nascer os parágrafos por Beleza e não pela Razão? Assim como as letras maiúsculas...
E daí que as uso, às vezes, como no alemão, e só muito às vezes e muito não?
E daí que já é de manhã?
E perdi a poesia...
Tenho que fazer faxina e deixar de vez o quarto escuro que é o Facebook, a carnificina, a câmara de gás horrenda,a fazenda de corpos, o palco de todas as minis, medíocres, ditaduras individuais.
O Paraíso e a Danação do EGO.
Rá. Rá. Rá.
Reza o diabo, o avesso, com um riso só.
E o relógio bate.
Anunciando que perdi a poesia.
Simplesmente perdi.
Horror de gente do facebook me acossando...
Eu, barco eternamente ermo, possuído pelo desejo de ser somente duas coisas, valente e belo, vago sozinho sim...Serei agora e para sempre assim, um barco sozinho. Um grito no túnel escuro!
É a existência estética que me dá ganas.
Quero ser no fim, a mesma estátua, que Verger moldou em si, por toda uma vida e daí?
E daí que no fim acho que sou pedra por dentro?
E daí que faço nascer os parágrafos por Beleza e não pela Razão? Assim como as letras maiúsculas...
E daí que as uso, às vezes, como no alemão, e só muito às vezes e muito não?
E daí que já é de manhã?
E perdi a poesia...
Tenho que fazer faxina e deixar de vez o quarto escuro que é o Facebook, a carnificina, a câmara de gás horrenda,a fazenda de corpos, o palco de todas as minis, medíocres, ditaduras individuais.
O Paraíso e a Danação do EGO.
Rá. Rá. Rá.
Reza o diabo, o avesso, com um riso só.
E o relógio bate.
Anunciando que perdi a poesia.
Simplesmente perdi.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
#22
Um dos poemas mais lindos que tu me fizeste foi aquele de uma palavra só: fogo-fátuo...
Fui procurar no dicionário Houaiss, e achei...
substantivo masculino
1. luz que aparece à noite, ger. emanada de terrenos pantanosos ou de sepulturas, e que é atribuída à combustão de gases provenientes da decomposição de matérias orgânicas; boitatá, bola de fogo, fogaréu
Gostei de tanta coisa, como, "emanada de terrenos pantanosos ou de sepulturas" e "boitatá" principalmente. Gostei de ser Boitatá, a cobra de fogo...
O Luzidir das estrelas do firmamento e também a luz do dia.
Gostei muito de ser fogo do que é decomposição.
Só falta enterrar!
Fui procurar no dicionário Houaiss, e achei...
substantivo masculino
1. luz que aparece à noite, ger. emanada de terrenos pantanosos ou de sepulturas, e que é atribuída à combustão de gases provenientes da decomposição de matérias orgânicas; boitatá, bola de fogo, fogaréu
Gostei de tanta coisa, como, "emanada de terrenos pantanosos ou de sepulturas" e "boitatá" principalmente. Gostei de ser Boitatá, a cobra de fogo...
O Luzidir das estrelas do firmamento e também a luz do dia.
Gostei muito de ser fogo do que é decomposição.
Só falta enterrar!
sábado, 6 de outubro de 2012
Primeira Resposta à Lemúria Senhora...
Senhora dos Anos...
Mais uma vez sua história de horror confunde-se com a minha. Mais uma vez ganho de ti lições com faces de poder ancião. Você afirma, e sim eu saberia... Eu notaria a feiura e a fedentina, os cus necessitados, vorazes, nunca notados, a ignorância e a estúpida corda bamba que sustenta toda essa inútil prataria. Sim eu saberia, "tudo comprado, muita feiura", estou no meio do campo de golf 24 horas por dia, paralisada, chorando, estarrecendo os verdadeiros jogadores... Me bato, cara Lemúria, em gaiola de ouro com portinhola aberta. Sinto-me nada porque ainda não estou do lado de lá, estou aprisionada, e por quê? A paixão é mesmo desculpa suficiente? Não e não!
Como tu, sempre brilhante verdade que representas, e revela, sou fogo-fátuo, filha querida dele, estou do lado de cá, "...então aceitemos, porra! Aceitemos com a felicidade que nos é merecida, somos grandes. E gozam os
nosso corpos com as grandes presenças. Literalmente. Agradeçamos, minha amiga, a nossa rara condição de insulares
que sentem tanto e se envergonham de tamanha grandiosidade. Aceitemos porque
não somos sós, somos sóis e filhas dele"...
Minha anciã, minha criança e sua cria, louvações a ti, que é dois, por me lembrar de mim e de que vejo a feiura e a extrema-sufocante-intoxicante crueza da beleza, seu cheiro, sua cor...
Como amar a si mesmo quando isso implica arrancar-lhe os próprios braços e o fígado, parte dos intestinos e para sempre o coração?
Sou a caça, sendo comida lentamente e viva.
Sou a caça que agoniza mas não quer morrer, muito menos socializar!
Estou aí com você, por favor não enjôe muito, vomitar dói um pouco, às vezes dá para suportar, engolir, tomar um copo de água gelada, respirar, pensar em borboletas e pessoas que felizmente você encontrou nesta vida. É minha receita pessoal, por isso não te esqueço nunca Senhora dos Anos, Alma mais antiga que a minha, tens que ver tudo isso, pensa que assim já prevines tua cria...
Sobre o horror, agora já está tudo bem, afinal não está morto...
Mas é lindo como sempre me achas quando o silêncio me tapa a boca, mas também quando mais preciso.
És Estrela sim! Nenhuma dúvida sobre isso.
Horror #3
Ele escapou dos meus dedos mais uma vez e agora provavelmente, perigosamente,voa pelas periferias de São Paulo com sua nave espacial, carérrima, chamativa, imponente. Estará morto???? Sempre penso que estará morto, na sujeira de um quarto de motel, roubado e morto, a facadas, picador de gelo, tesouradas, algo com muito sangue, muita humilhação.
Ainda lembro do dia que invadi o motel mais deprimente de Santos, ameacei chamar os Cops e entrei no lugar mais desgraçado da minha vida, duas putas já mortas por dentro, um estivador viciado e ele completamente incapaz de sair da frente do espelho, metafórica e literalmente. Sempre à procura dos mais desgraçados, para até com eles confirmar o quanto é superior e vítima de falta de atenção, coitado... Desfila rosários inteiros sobre seus feitos nas mesas dos meretricios, de como é excepcional profissional, excepcional filho e evidentemente excepcional companhia. Reúne logo, logo, multidões de esfarrapados e covardes em volta de si e a partir de então voa, voa... E o amor que tanto proclama para a mulher que ele considera sem ternura, fria, pessimista, e fantástica ao mesmo tempo, some como magia.
Estará morto agora?
Estará morto agora?
E por quê afinal, não liga o maldito celular?
Por quê raios eu deixo-me viver por um maldito idiota?
Por quê a cachorra, que espera por ele no corredor, pois é mais dele, tem que sofrer?
Doença do Carrapato, abandono paternal e loucura materna, por quê?
E por quê sou eu que tenho que zelar?
Por quê sou eu mãe de um homem mais velho que eu?
Afinal, será que morreu?
Estará morto agora?
Estará morto?
Quero saber para deitar meu túmulo ao lado.
Como disse antes, felicidade é sempre efêmera a mim.
Sou triste.
Ele me deixa em estado completo e ininterrupto de horror...
Ele me deixa em todos os poros a vontade de chamar o Barqueiro, pagar e ir.
Se ele for eu vou.
Ainda lembro do dia que invadi o motel mais deprimente de Santos, ameacei chamar os Cops e entrei no lugar mais desgraçado da minha vida, duas putas já mortas por dentro, um estivador viciado e ele completamente incapaz de sair da frente do espelho, metafórica e literalmente. Sempre à procura dos mais desgraçados, para até com eles confirmar o quanto é superior e vítima de falta de atenção, coitado... Desfila rosários inteiros sobre seus feitos nas mesas dos meretricios, de como é excepcional profissional, excepcional filho e evidentemente excepcional companhia. Reúne logo, logo, multidões de esfarrapados e covardes em volta de si e a partir de então voa, voa... E o amor que tanto proclama para a mulher que ele considera sem ternura, fria, pessimista, e fantástica ao mesmo tempo, some como magia.
Estará morto agora?
Estará morto agora?
E por quê afinal, não liga o maldito celular?
Por quê raios eu deixo-me viver por um maldito idiota?
Por quê a cachorra, que espera por ele no corredor, pois é mais dele, tem que sofrer?
Doença do Carrapato, abandono paternal e loucura materna, por quê?
E por quê sou eu que tenho que zelar?
Por quê sou eu mãe de um homem mais velho que eu?
Afinal, será que morreu?
Estará morto agora?
Estará morto?
Quero saber para deitar meu túmulo ao lado.
Como disse antes, felicidade é sempre efêmera a mim.
Sou triste.
Ele me deixa em estado completo e ininterrupto de horror...
Ele me deixa em todos os poros a vontade de chamar o Barqueiro, pagar e ir.
Se ele for eu vou.
#21
E saudade intranqüila da minha Estrela.
E de saber de seus brilhos por aí, por acolá...
Estrela mia.
E de saber de seus brilhos por aí, por acolá...
Estrela mia.
#20
Proferi um sentido para fazer sentido sentir tanto você assim.
Assim.
Fiz um feitiço também.
Só com lábios e vontade.
Espero resultado.
Sincero.
Conter o cometa.
Incapsulável.
Incalculável.
"...fodia de noite e de diaáaaaaaa...."
Grita incansável o poeta.
Otto.
Na minha orelha manca.
Manca sem bengala.
De noite e de diaáaaaaa....
Assim.
Fiz um feitiço também.
Só com lábios e vontade.
Espero resultado.
Sincero.
Conter o cometa.
Incapsulável.
Incalculável.
"...fodia de noite e de diaáaaaaaa...."
Grita incansável o poeta.
Otto.
Na minha orelha manca.
Manca sem bengala.
De noite e de diaáaaaaa....
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Tanto tempo passou #1
Crua
Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranqüilos
Otto
E eu apaixonada.
"...a lembrança, lembrança, lembrança, lembrança!"
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