Que quarto é esse que habito?
Que vasto escuro e duro é esse que habito?
Pétalas de sangue cobrem as paredes, no corredor de angústia carmim que aos barrancos percorro na pegada da saída...
Quão inútil!
Não me aquieto, me revolvo, me alucino, me destruo, me destôo, não alcanço...
Eros, como fermento biológico, continua ferozmente grande, infinito, opressor em mim, fazendo-me crescer, ainda que azeda...
Eu Homo Sapiens Sapiens que não durmo, não como, não sou, e grito arrancando as flechas do meu peito, pergunto, o que queres de mim vós, sim vós?
Pieguices e mais pieguices...
É cruel o Deus alado, envenenou-me a Noite Negra, enquanto repito soluçando a todos Eles, o que querem de mim?
Tenho uma vontade enlouquecida e constante de chorar, meu corpo treme ante a impotência de todas as minhas células humanas, unidas pelo Amor primordial que hoje me adoece, apodrece.
Sou patético Narciso afogando-me, sem nunca terminar de morrer, na dança eterna de grandes deuses.
Eros!
Eros!
Repito minha dor, porque nada mais me restou a não ser a confusão do antes.
O Tempo se mostra sim um círculo para quem não consegue fugir dos seres titânicos.
Fecho isso, qual começo começou semana passada, para mais lava bem derramar.
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