Tenho que apaziguar labaredas e mais labaredas antes de dormir. Amanhã acordo triste e tomo o soma de Huxley, por medo e necessidade. Todas as noites são iguais. Agonias de gente que dorme pouco e enxerga coisas, vultos noturnos, fantasmas presentes, eternamente. Dimensões se desdobrando a partir dos "ses" insinuados, potentes, inevitáveis que tenho tanto horror...
Horror de gente do facebook me acossando...
Eu, barco eternamente ermo, possuído pelo desejo de ser somente duas coisas, valente e belo, vago sozinho sim...Serei agora e para sempre assim, um barco sozinho. Um grito no túnel escuro!
É a existência estética que me dá ganas.
Quero ser no fim, a mesma estátua, que Verger moldou em si, por toda uma vida e daí?
E daí que no fim acho que sou pedra por dentro?
E daí que faço nascer os parágrafos por Beleza e não pela Razão? Assim como as letras maiúsculas...
E daí que as uso, às vezes, como no alemão, e só muito às vezes e muito não?
E daí que já é de manhã?
E perdi a poesia...
Tenho que fazer faxina e deixar de vez o quarto escuro que é o Facebook, a carnificina, a câmara de gás horrenda,a fazenda de corpos, o palco de todas as minis, medíocres, ditaduras individuais.
O Paraíso e a Danação do EGO.
Rá. Rá. Rá.
Reza o diabo, o avesso, com um riso só.
E o relógio bate.
Anunciando que perdi a poesia.
Simplesmente perdi.
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