Tenho a certeza absoluta que estou morrendo. Não! Melhor: tenho a sensação absoluta que estou morrendo. Amanhã me despedirei do Sol e do Adriático e já agora me despedaço. Me despedaço porque volto à cova que se tornou minha vida, aquele lugar onde sou prisioneira, chamado Brasil. O lugar onde me ensinaram e me obrigaram a ter medo. O lugar onde, um passeio na praia com minha mascote, vira uma tragédia grega. O lugar onde me arrebentaram a boca por um celular. O lugar onde tentaram me tomar a única jóia que sustento, minha mais que benta aliança. O lugar onde não cessam de tentar me separar do homem que amo, por vil metal... Metal que lançaria todo fora em troca de não mais ter entre as minha células essa coisa que me faz tremer agora, medo, medo, medo! O Sol dos trópicos já não te consegue domar Medo-medonho e o Atlântico só me serve portanto, para me afogar.
Volto à cova.
Volto à cova.
Nenhum comentário:
Postar um comentário