de Dunas Vermelhas de Merzouga...
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Sou eu o Deserto #1
http://soundcloud.com/moderadordepoesiaindie/lvaro-de-campos-grandes-s-o-os
"Grandes são os desertos, e tudo é deserto.
Não são algumas toneladas de pedras ou tijolos ao alto
Que disfarçam o solo, o tal solo que é tudo.
Grandes são os desertos e as almas desertas e grandes
Desertas porque não passa por elas senão elas mesmas,
Grandes porque de ali se vê tudo, e tudo morreu.
Grandes são os desertos, minha alma!
Grandes são os desertos.
Não são algumas toneladas de pedras ou tijolos ao alto
Que disfarçam o solo, o tal solo que é tudo.
Grandes são os desertos e as almas desertas e grandes
Desertas porque não passa por elas senão elas mesmas,
Grandes porque de ali se vê tudo, e tudo morreu.
Grandes são os desertos, minha alma!
Grandes são os desertos.
Não tirei bilhete para a vida,
Errei a porta do sentimento,
Não houve vontade ou ocasião que eu não perdesse.
Hoje não me resta, em vésperas de viagem,
Com a mala aberta esperando a arrumação adiada,
Sentado na cadeira em companhia com as camisas que não cabem,
Hoje não me resta (à parte o incômodo de estar assim sentado)
Senão saber isto:
Grandes são os desertos, e tudo é deserto.
Grande é a vida, e não vale a pena haver vida,
Arrumo melhor a mala com os olhos de pensar em arrumar
Que com arrumação das mãos factícias (e creio que digo bem)
Acendo o cigarro para adiar a viagem,
Para adiar todas as viagens.
Para adiar o universo inteiro.
Volta amanhã, realidade!
Basta por hoje, gentes!
Adia-te, presente absoluto!
Mais vale não ser que ser assim.
Comprem chocolates à criança a quem sucedi por erro,
E tirem a tabuleta porque amanhã é infinito.
Mas tenho que arrumar mala,
Tenho por força que arrumar a mala,
A mala.
Não posso levar as camisas na hipótese e a mala na razão.
Sim, toda a vida tenho tido que arrumar a mala.
Mas também, toda a vida, tenho ficado sentado sobre o canto das camisas empilhadas,
A ruminar, como um boi que não chegou a Ápis, destino.
Tenho que arrumar a mala de ser.
Tenho que existir a arrumar malas.
A cinza do cigarro cai sobre a camisa de cima do monte.
Olho para o lado, verifico que estou a dormir.
Sei só que tenho que arrumar a mala,
E que os desertos são grandes e tudo é deserto,
E qualquer parábola a respeito disto, mas dessa é que já me esqueci.
Ergo-me de repente todos os Césares.
Vou definitivamente arrumar a mala.
Arre, hei de arrumá-la e fechá-la;
Hei de vê-la levar de aqui,
Hei de existir independentemente dela.
Grandes são os desertos e tudo é deserto,
Salvo erro, naturalmente.
Pobre da alma humana com oásis só no deserto ao lado!
Mais vale arrumar a mala.
Errei a porta do sentimento,
Não houve vontade ou ocasião que eu não perdesse.
Hoje não me resta, em vésperas de viagem,
Com a mala aberta esperando a arrumação adiada,
Sentado na cadeira em companhia com as camisas que não cabem,
Hoje não me resta (à parte o incômodo de estar assim sentado)
Senão saber isto:
Grandes são os desertos, e tudo é deserto.
Grande é a vida, e não vale a pena haver vida,
Arrumo melhor a mala com os olhos de pensar em arrumar
Que com arrumação das mãos factícias (e creio que digo bem)
Acendo o cigarro para adiar a viagem,
Para adiar todas as viagens.
Para adiar o universo inteiro.
Volta amanhã, realidade!
Basta por hoje, gentes!
Adia-te, presente absoluto!
Mais vale não ser que ser assim.
Comprem chocolates à criança a quem sucedi por erro,
E tirem a tabuleta porque amanhã é infinito.
Mas tenho que arrumar mala,
Tenho por força que arrumar a mala,
A mala.
Não posso levar as camisas na hipótese e a mala na razão.
Sim, toda a vida tenho tido que arrumar a mala.
Mas também, toda a vida, tenho ficado sentado sobre o canto das camisas empilhadas,
A ruminar, como um boi que não chegou a Ápis, destino.
Tenho que arrumar a mala de ser.
Tenho que existir a arrumar malas.
A cinza do cigarro cai sobre a camisa de cima do monte.
Olho para o lado, verifico que estou a dormir.
Sei só que tenho que arrumar a mala,
E que os desertos são grandes e tudo é deserto,
E qualquer parábola a respeito disto, mas dessa é que já me esqueci.
Ergo-me de repente todos os Césares.
Vou definitivamente arrumar a mala.
Arre, hei de arrumá-la e fechá-la;
Hei de vê-la levar de aqui,
Hei de existir independentemente dela.
Grandes são os desertos e tudo é deserto,
Salvo erro, naturalmente.
Pobre da alma humana com oásis só no deserto ao lado!
Mais vale arrumar a mala.
Fim."
Álvaro de Campos
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
#13
Tão metida em mim mesma, tão me preparando para me preparar sempre. Tanto sempre, adiamento, lentidão, alheamento, sem vergonhice, rigidez, paralisia cerebral e a mais nova e extrema incapacidade... a de falar.Tão metida em mim mesma, com o cigarro me comendo a boca, na cama, escondida da chuva fatal... Ah! A porra da chuva, a minha garganta, e já o meu retardamento quanto ao clima, não trouxe roupa e hoje depois do passeio obrigatório, me deu comichão. Frio! Vontade louca de reencontrar o Sol, que aliás, não achei na Bahia... Me deu novamente louca depressão. Chorei. Muito menos é verdade, mas chorei... Quero voltar, estou num oceano e sou Odisseu, percorrendo a mais antiga e aterrorizante aventura, estou num barco à deriva, quero o Sol, quero voltar...
Porra!
Porra!
sábado, 25 de agosto de 2012
The Sweetness#1
Posso até falar alguma bobeira sobre o tempo agora.
Seu Tempo.
Meu Tempo.
Tempo.
Absoluto.
Só não posso falar do resto.
Esse é o Poema do Silêncio.
Coisa Pântano.
Senhora.
Contra-Movimento.
...
Sabor me espere.
Com gritos de Glória!
Seu Tempo.
Meu Tempo.
Tempo.
Absoluto.
Só não posso falar do resto.
Esse é o Poema do Silêncio.
Coisa Pântano.
Senhora.
Contra-Movimento.
...
Sabor me espere.
Com gritos de Glória!
The Runaways
Cherry Bomb
Joan Jett and The Blackhearts
Crimson and Clover
Horror #2
Já a mudez me acomete novamente. Suo frio. Tenho dor de estômago e de barriga também. Meus passos se atrapalham e volto ao começo de tudo, girando sobre mim mesma, tonta, tonta, mas tão tonta que imediatamente quero morrer. Assim...imediatamente!
Mãos que tremem, que não sabem onde se colocar, que escrevem, escrevem, escrevem, um montão de baboseiras... Porque acabo de me lembrar que aqui, bem aqui, é todo um universo e isto aqui, logo aqui, nada mais é que um roto e caco "diárinho"...
E uma música triste, com letra pequena, que antes eu não sabia ser do The Runaways, (porque não é, é quase, é depois) mas que agora sei (não sei), e que não sai da minha cabeça...
E a Ligação que espero, está muito mais que uma hora atrasada...
Tudo, tudo, tudo, como diria a Ave-Misteriosa, rodando, rodando, rodando...
A vontade enlouquecida de beber até o último Cutty Sark da casa. Tenho muito mais que um, muito menos que um fígado...
Então? Por quê não?
O Sol ainda que fraco como um luz fria, anda iluminando demais minha janela e não quero fechar porque temo que a depressão infecte a outra moradora, Lechuga. A cachorra. Literalmente.
Tenho medo que minha doença ignorante se avolume como nuvem preta na minha casa, apartamento, morada!
Tento fazer uma lista de compras, mas listas são impossíveis para mim já há tanto tempo... Tento achar qualquer pedaço de papel na casa, que é muito minha, mas transitória sempre...
Acaba de me ocorrer que isso adiciona à loucura, alimenta...
A ligação chega!!!
....
Fumo para esquecer de tudo.
Acho até que vou me deitar com Apolo também. Tudo voltou ao Túnel.
O Túnel do qual eu saí, que bom! Que alívio.
Não vou mais morrer demais hoje!
Que notícias para meu fígado!
Vou é deitar com Apolo como todos!
Adeus!
Perdoai bigode!
Perdoai Freud!
Volto para Mãe.
Volto para Mamãe.
Maíiiiinha!
Mãos que tremem, que não sabem onde se colocar, que escrevem, escrevem, escrevem, um montão de baboseiras... Porque acabo de me lembrar que aqui, bem aqui, é todo um universo e isto aqui, logo aqui, nada mais é que um roto e caco "diárinho"...
E uma música triste, com letra pequena, que antes eu não sabia ser do The Runaways, (porque não é, é quase, é depois) mas que agora sei (não sei), e que não sai da minha cabeça...
E a Ligação que espero, está muito mais que uma hora atrasada...
Tudo, tudo, tudo, como diria a Ave-Misteriosa, rodando, rodando, rodando...
A vontade enlouquecida de beber até o último Cutty Sark da casa. Tenho muito mais que um, muito menos que um fígado...
Então? Por quê não?
O Sol ainda que fraco como um luz fria, anda iluminando demais minha janela e não quero fechar porque temo que a depressão infecte a outra moradora, Lechuga. A cachorra. Literalmente.
Tenho medo que minha doença ignorante se avolume como nuvem preta na minha casa, apartamento, morada!
Tento fazer uma lista de compras, mas listas são impossíveis para mim já há tanto tempo... Tento achar qualquer pedaço de papel na casa, que é muito minha, mas transitória sempre...
Acaba de me ocorrer que isso adiciona à loucura, alimenta...
A ligação chega!!!
....
Fumo para esquecer de tudo.
Acho até que vou me deitar com Apolo também. Tudo voltou ao Túnel.
O Túnel do qual eu saí, que bom! Que alívio.
Não vou mais morrer demais hoje!
Que notícias para meu fígado!
Vou é deitar com Apolo como todos!
Adeus!
Perdoai bigode!
Perdoai Freud!
Volto para Mãe.
Volto para Mamãe.
Maíiiiinha!
Cronos de curvo pensar #1
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......
...
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012
120 à 140 #1
O Sol, o Céu, tinham acabado de nascer quande eu respirei pela primeira vez à 0°0'1"S grau de latitude, exatamente... O que é latitude mesmo? Ah, quando o Céu, com a ajuda do Sol, trepa na Terra? Não?! Mas não foi isso o quê o cara da Teogonia falou? O tal do Hesíodo, entre 125 e 140?
"...gerou fecundada unida à Érebo em amor
Terra primeira pariu igual a si mesma
Céu constelado, para cercá-la toda ao redor
e ser aos Deuses venturosos sede iresvalável sempre.
Pariu altas Montanhas, belos abrigos das Deusas
ninfas que moram nas montanhas frondosas.
E pariu a infecunda planície impetuosa de ondas.
O Mar, sem o desejoso amor. Depois pariu
do coito com o Céu.: Oceano de fundos redemoinhos
e Coios, e Crios e Hipérion e Japeto
e Téia e Réia e Têmis e Memória
e Febe de aurea coroa e Tétis amorosa.
E após com ótimas armas, Cronos de curvo pensar.
filho o mais terrível: detestou o florescente pai."
Não! Todos tem razão, o jovem Apolo não estava envolvido...
a não ser, que num tempo circular, estivesse sim! sempre envolvido com o Pai...
Enfim!
Sou Câncer com ascendente em Câncer, Urano sempre em Escorpião, Casa sempre em IV posição.
Morte. Morte Sim!
Quando eu nasci estavam todos os astros dormindo...
É o que o Céu me diz, me fala....
Eu bem filha dele, amaldiçoada de certa maneira.
Particular.
Eu sou o latido do cachorro do lado e mesmo assim eu.
Eu, sempre e sozinha.
Na cova funda da Pedreira.
No Vento.
Na Vala.
No Começo.
Para um dia livre#2
O Show!
Espero que "todos", kkkkkk, aguentem a mudança no cenário. Ela deve continuar, a beleza está sempre em movimento, na minha cabeça... Não se preocupem! Pode ser físico... anda chovendo muito por aqui.
Espero que "todos", kkkkkk, aguentem a mudança no cenário. Ela deve continuar, a beleza está sempre em movimento, na minha cabeça... Não se preocupem! Pode ser físico... anda chovendo muito por aqui.
The Battle of Evermore
Led Zeppelin
"...At last the sun is shining
The clouds of blue roll
By with flames from the dragon of darkness
The sunlight blinds his eyes!"
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Para um dia livre#1
I Love It
Icona Pop
Você fica aí se lambuzando em João Gilberto como bife atirado à milanesa.
Me irrita.
Não é assim que se sente.
Não se sente só dentro de argumentações, nunca!
Foi ótima minha Europa #1 #1
(Eu editei...)
Estava eu viajando na musiquinha do Flight of Conchords sobre as sereias... Fui para o lado obscuro das fêmeas, pensei até que talvez o homem tenha se desenvolvido mesmo da terra (os homens são de Marte, certo?), do macaco, mamífero e nós mulheres de brilhantes, ágeis e estúpidos peixes que merecem viver numa rocha cantando até a porra da morte, a fim de que um miserável pescador apareça para lhe salvar (Nós somos de Vênus, certo? Um planeta onde você vira líquido...). Foi isso que aconteceu, quando as águas baixaram, os macacos nos separaram, end of story, ponto final. Ficamos presas para sempre à idéia de que não podemos voar, e nos atamos a catar espelhos, juntar jóias, criar pérolas, enrodilhar pulseiras, pendurar, arrumar, pentear, repentear, brilhar, sempre para o mesmo espelho, sempre na mesma Rocha...Nós as mulheres que ficamos em casa é que somos as Sereias. (Essa soou mal, mas seria injusto, tirá-la daqui, não?)
Passamos anos sem atravessar livremente por suas máquinas de ver o mundo, sem Barco, embarcação.(????)
É sempre bom viajar...(Quê!)
Sim! Sair.
Ver e se ver no olhar do Outro, que, aliás, se sente muito mais à vontade para te explorar quando te vê de fora ou também de fora (Triste! Detesto rever textos...). Um Forasteiro. Eu sempre procuro gente bonita na rua quando viajo, é um costume, que se diga, dividido e de equipe, pois sempre achamos mais mulheres do que homens (Cortei uma merda que nem eu entendi!).Desta vez, entorpecida que estava com tanta terra que vinha engolindo, o pânico ainda atrás de minhas vísceras, não lembro de nenhum rosto marcante, nenhum homem específico, nenhuma impressão genuína de sexo imediato. Sabe aquela luxuria que te impede de fugir? Te confunde e faz até tropeçar, tem efeitos de catatonia? Então? Não vi... O Renato exagerou, ameacei-lhe a la española de corta-lhe os bagos, afinal receei que fosse perdê-lo para a Croácia. Sim, qualquer Croácia. Ele foi mais que flertado, e eu também, ele sabe, e sabe que sei, mas, eu só me revelei quando ele estava saindo do controle.(...cortei e troquei!)
Ver e se ver no olhar do Outro, que, aliás, se sente muito mais à vontade para te explorar quando te vê de fora ou também de fora (Triste! Detesto rever textos...). Um Forasteiro. Eu sempre procuro gente bonita na rua quando viajo, é um costume, que se diga, dividido e de equipe, pois sempre achamos mais mulheres do que homens (Cortei uma merda que nem eu entendi!).Desta vez, entorpecida que estava com tanta terra que vinha engolindo, o pânico ainda atrás de minhas vísceras, não lembro de nenhum rosto marcante, nenhum homem específico, nenhuma impressão genuína de sexo imediato. Sabe aquela luxuria que te impede de fugir? Te confunde e faz até tropeçar, tem efeitos de catatonia? Então? Não vi... O Renato exagerou, ameacei-lhe a la española de corta-lhe os bagos, afinal receei que fosse perdê-lo para a Croácia. Sim, qualquer Croácia. Ele foi mais que flertado, e eu também, ele sabe, e sabe que sei, mas, eu só me revelei quando ele estava saindo do controle.(...cortei e troquei!)
Peguei um homem bem ocupado comigo numa "praia" croata. O lugar tirado de sonhos, uma praia de pedras e como restamos os últimos a nos instalar eu e Carlos, fiquei eu numa pedra depois do banho de mar, tentando me entender com meus cabelos, poucos, curtos, e estava um homem de braços cruzados e sorriso no rosto esperando que meu olhar o encontrasse (tentei explicar...). Parei e olhei para trás, não nasci com presunção, defeito horrível que muito me atrapalha, e sim, ele continuava olhando. Deixei. Parece que me escolhera para ser sua Sereia. O Vulcãozinho estava na água e só contei depois.
Não pude evitar a quarta situação, a segunda não foi na Croácia e é bem, digamos, complexa. A primeira faz parte do outro, curto, post...Bom, enfim, sem ter eu percebido bem, meu Bem anuncia que viu sim o número 4, assim, para mim, afirmativo : - Será que eu vou ter que quebrar a cara desse cara???? E eu então numa atitude de "pré-qualquer-coisa", juntei algo que conseguira ouvir: South Americans, sua ex-namorada, falam português, carinhosas e etc. e resolvi ver se o Carlos se enganara ou não, e, NÃO! Ele me olhava emparedado, tomando sua cerveja de meio litro, ignorância que nós brasileiros não toleramos muito bem (que digam os cariocas), e sua bebida quente, destilada, não lembro qual, assim mesmo na maior cara-de-pau, me medindo e falando sobre "mulheres brasileiras" (cortei e troquei!), mesmo com o Carlos encarando, o quanto eram carinhosas, e olhava para minha mãos, sempre nele Carlos, meus carinhos nele... Nós? Nós xingamos juntos, o Carlos ia bater no Bretão folgado. Argumentei que ele estava entre inglês e americano, não era de qualquer parte do Reino, achava que era australiano... Depois achei que só achava que ele era australiano porque minha prima amada e nunca mais vista casou com um e mora perto do Outback, numa fazenda... Enfim! Preciso muito desses cortes! Depois cansei. Como ele não parou de falar e não parou de olhar, eu e Carlos deixamos... Ele olhou o quanto quis e me seguiu com os olhos quando fui e voltei do banheiro e tive que baixar os olhos quando fiquei sozinha, com um leve sorriso é claro, para ele não me encontrar, a combustão que o álcool nos dava a todos, não podia sair do controle. O bom foi que Carlos finalmente se ajeitou como pacífico, orgulhoso, dono. Melhor assim... O fato é que o abusado homem me inflamou algo aqui dentro, antes meio apagado pela penúrias de minhas moléstias mentais. Me vi fora do peso e estupidamente desejada e por um homem, que para o meu criterioso paladar, mostrou-se bravamente apetitoso. Foi como antigamente, ele me olhou, me desejou e resolveu brigar, e como meu cônjuge também gosta... Foi como antigamente, em Split de Diocleciano, entre a porta Prata, no corredor para o Peristil, no fundo da travessa da Igreja de Sv Felipo, na charmosa e pequena praça, um duelo.
Obrigada olhares.
Obrigada Outros-Vela.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
#12
Sou qualquer coisa que quer mudar o tempo
Estou no barco, neste momento.
Chove, chove, chove.
Como chove aqui quase Sul.
Extremo-extremo do Norte;
Salvador.
Arembepe, Camaçari???
Não me importa!
Não me importa!
Importa é que chove inadequadamente.
Aqui ja é muito, muito Norte.
Ficamos na curva do Norte?
Entende?
Sou qualquer coisa que vai uivar daqui a momentos...
Só para distrair a chuva, o vento, a Morte.
Sentada em seu cavalo lento...
Mas firme!
Sou eu que já venço uranos arroubos...
Escutem!
Agora é murmurar de água-mansa.
Acqua Mia
Estou no barco, neste momento.
Chove, chove, chove.
Como chove aqui quase Sul.
Extremo-extremo do Norte;
Salvador.
Arembepe, Camaçari???
Não me importa!
Não me importa!
Importa é que chove inadequadamente.
Aqui ja é muito, muito Norte.
Ficamos na curva do Norte?
Entende?
Sou qualquer coisa que vai uivar daqui a momentos...
Só para distrair a chuva, o vento, a Morte.
Sentada em seu cavalo lento...
Mas firme!
Sou eu que já venço uranos arroubos...
Escutem!
Agora é murmurar de água-mansa.
Acqua Mia
domingo, 19 de agosto de 2012
#11
Novamente, deselegantemente, emparedada.
Empredada.
Calada.
No meu Castelo.
Empredada.
Calada.
No meu Castelo.
No B&B The Kastel
Croácia
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
#10
Tenho a certeza absoluta que estou morrendo. Não! Melhor: tenho a sensação absoluta que estou morrendo. Amanhã me despedirei do Sol e do Adriático e já agora me despedaço. Me despedaço porque volto à cova que se tornou minha vida, aquele lugar onde sou prisioneira, chamado Brasil. O lugar onde me ensinaram e me obrigaram a ter medo. O lugar onde, um passeio na praia com minha mascote, vira uma tragédia grega. O lugar onde me arrebentaram a boca por um celular. O lugar onde tentaram me tomar a única jóia que sustento, minha mais que benta aliança. O lugar onde não cessam de tentar me separar do homem que amo, por vil metal... Metal que lançaria todo fora em troca de não mais ter entre as minha células essa coisa que me faz tremer agora, medo, medo, medo! O Sol dos trópicos já não te consegue domar Medo-medonho e o Atlântico só me serve portanto, para me afogar.
Volto à cova.
Volto à cova.
Volto à cova.
Volto à cova.
domingo, 12 de agosto de 2012
#9
Só podia ser o número nove.
Só podia.
Uma pérfida criatura me arrancou as tripas, logo de manhã e agora a poesia e o sol parecem menos reais, mais distantes e a raiva nubla meus olhos e nem sei mais.
Deu-me vontade e ganas de mandar-lhe "plantar batatas simbólicas" como o Rei dos Reis, em nome Álvaro, mandou aos mandarins do mundo, e então, mandei!
Foda-se!
Mandei.
Foda-se, foda-se, foda-se!
Escolhi ser corisco com essas pobrezas.
E serei.
Só podia.
Uma pérfida criatura me arrancou as tripas, logo de manhã e agora a poesia e o sol parecem menos reais, mais distantes e a raiva nubla meus olhos e nem sei mais.
Deu-me vontade e ganas de mandar-lhe "plantar batatas simbólicas" como o Rei dos Reis, em nome Álvaro, mandou aos mandarins do mundo, e então, mandei!
Foda-se!
Mandei.
Foda-se, foda-se, foda-se!
Escolhi ser corisco com essas pobrezas.
E serei.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
#8
E só para lembrar um pouco de mim mesma, mando-me uma Carta de Amor, Àgò Maria Bethania, Mamãe Vento e Mar, por favor não me espinafre! Àgò Paulo César Pinheiro!
Àgò Adriana Calcanhoto, por roubar-lhe o "espinafrar".
Àgò Adriana Calcanhoto, por roubar-lhe o "espinafrar".
Todo artista é no fundo um oráculo
Renato Carosone, napolitano, nunca esteve tão certo acerca dos hoje italianos.
Detesto como eles se comportam nos restaurantes, supermercados, lojinhas, sorveterias, e etc. Já estou um pouco croata... Que coisa!
Detesto como eles se comportam nos restaurantes, supermercados, lojinhas, sorveterias, e etc. Já estou um pouco croata... Que coisa!
terça-feira, 7 de agosto de 2012
News from Heaven #1
Excluí o veneno de ontem, e daí? É, e daí? Sinto vergonha da fraqueza das minhas pernas, mas muito, muitíssimo mais do ódio que me provocam, e daí? O texto estava trôpego e desleixado, sem sentido hoje pela manhã até mesmo para mim. Texto etílico é isso aí, uma faca de dois legumes, ou sai um pimentão bonito, vermelho e vistoso ou uma abobrinha slãnha... Não que eu não goste de abobrinhas, vejam lá, mas é a metáfora que se fez necessária, quanto ao termo slãnha, que também pode ser slãnho, agora só conto que foi um Pássaro que criou e me ensinou, o que significa? Vocês perceberão... E ainda, como na Croácia faz muito, muito, muito SOL, não teve forma, jeito ou precisão de eu me enterrar, pelo menos o corpo tá tostadinho, tostadinho! Não suporto essa gente daqui, sempre sorrindo e perguntando se está tudo bem. Todos loiros, altos, magros, lindos e ainda por cima simpáticos???? Branco simpático? Minha alma, dante escrava em pele negra, muito certamente, já passa do desconfiar, procuro... Procuro desesperadamente, meus olhos indiscretos de turista ficam livres buscando, buscando, buscando em vão algum sinal de hostilidade... Mas eles só riem e quando presto atenção nos estrangeiros italianos, adoradores de narciso que são, só consigo pescar : - Che cosa è bella Croazia. Che è fatta di argilla? Cosa è questo?
Então...
Estou me desenterrando.
E lendo Mia Couto (por influência da Estrela).
E me desintegrando para novo misturar. Nova Terra para talvez e só talvez me enterrar...
Muito Sol na cabeça? Terá Apolo vencido Dioníso?
Duvido!
É só um novo vinho, um velho amar.
Mar.
Adriático.
E estranho, slanho... inda vou descobrir!
Então...
Estou me desenterrando.
E lendo Mia Couto (por influência da Estrela).
E me desintegrando para novo misturar. Nova Terra para talvez e só talvez me enterrar...
Muito Sol na cabeça? Terá Apolo vencido Dioníso?
Duvido!
É só um novo vinho, um velho amar.
Mar.
Adriático.
E estranho, slanho... inda vou descobrir!
sábado, 4 de agosto de 2012
"...Yes now the rains weep o'er his hall..."
I found the Paradise and I lost on the same time...
Yes! I play The Game of Thrones...
Yes! I am The Clown of my town...
Yes! I am in Croatia...
Named The Paradise.
Yes! I am drunk and lost.
Again! And again!
But, I can try to find you.
Yes! I found you.
Yes! You, you, you....
Ketut, found you!
Ketut, loves you!
Yes! I am The Clown of my town...
Yes! I am leaving Split.
Yes! I want hug you.
Yes! Please, wait...
Wait for my lazy way...
I found you Verità!
I found you!
Yes! I play The Game of Thrones...
Yes! I am The Clown of my town...
Yes! I am in Croatia...
Named The Paradise.
Yes! I am drunk and lost.
Again! And again!
But, I can try to find you.
Yes! I found you.
Yes! You, you, you....
Ketut, found you!
Ketut, loves you!
Yes! I am The Clown of my town...
Yes! I am leaving Split.
Yes! I want hug you.
Yes! Please, wait...
Wait for my lazy way...
I found you Verità!
I found you!
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